Jovem Pan > Edicase > Viva melhor > Veja quando recorrer a remédios naturais ou convencionais
Veja como a natureza pode auxiliar no tratamento de algumas condições de saúde
- Por EdiCase
- 09/05/2025 15h30 – Atualizado em 09/05/2025 15h48
Compreender quando recorrer à “farmácia da natureza” e quando optar pela “farmácia de balcão” é a chave para uma vida mais saudável Imagem: Sissoupitch | Shutterstock
Dores de cabeça leves, resfriados ocasionais ou até incômodos digestivos podem ocorrer no dia a dia. O uso consciente da medicação — seja ela natural ou industrializada — não só melhora contribui com o tratamento, como também evita exageros e efeitos indesejados. Segundo o farmacêutico e naturopata Jamar Tejada, saber quando recorrer à “farmácia da natureza” e quando optar pela “farmácia de balcão” é a chave para uma vida com mais saúde e menos efeitos colaterais.
“Não se trata de excluir a medicina convencional, mas de usar os recursos naturais de forma inteligente e complementar, principalmente nos quadros mais leves e recorrentes. O corpo dá sinais, e muitas vezes ele precisa de regulação, não de supressão imediata dos sintomas”, explica o profissional.
A seguir, Jamar Tejada explica como lidar com algumas questões de saúde, seja adotando a medicina natural ou a tradicional. Contudo, lembre-se que é importante consultar um médico ou farmacêutico. A automedicação, mesmo que natural, pode colocar o bem-estar em risco.
1. Dor de cabeça leve e recorrente
Medicação natural: o uso de magnésio, óleo essencial de hortelã-pimenta nas têmporas e plantas como tanaceto e gengibre podem ajudar. Entre os fitoterápicos mais indicados está o tanaceto com sua ação analgésica, relaxante e anti-inflamatória.
Medicação convencional: quando a dor é forte, persistente ou tem causas neurológicas, é importante consultar um médico, que pode recomendar o uso de analgésicos.
2. Dor de estômago e má digestão
Medicação natural: boldo, espinheira-santa, guaçatonga e camomila são alguns dos fitoterápicos utilizados, assim como cápsulas de enzimas digestivas e probióticos costumam resolver com eficiência.
Medicação convencional: em caso de úlcera, refluxo crônico ou gastrite diagnosticada, é importante consultar um médico, que pode recomendar medicamentos inibidores de acidez, pois devem ser usados com acompanhamento.
3. Gripe, resfriado e febre baixa
Medicação natural: vitamina C, própolis e homeopatia para sintomas específicos, assim como o fitoterápico equinacea e óleos essenciais de eucalipto e tea tree ajudam na imunidade e aliviam sintomas.
Medicação convencional: se houver febre alta ou muito desconforto, é importante consultar um médico, que pode indicar o uso de antitérmicos e analgésicos — estes não devem ser usados como primeira medida em sintomas leves.
4. Dor de garganta e coriza
Medicação natural: gargarejos com sálvia ou própolis, chás com gengibre e mel e sprays naturais manipulados podem ser eficazes.
Medicação convencional: se houver infecção bacteriana, pode ser necessário antibiótico prescrito. Por isso, é fundamental consultar um médico.
5. Cólica menstrual
Medicação natural: suplementos de magnésio, vitamina B6, óleo de prímula e chá de erva-doce ajudam no alívio das cólicas.
Medicação convencional: analgésicos e anti-inflamatórios funcionam bem, mas não devem ser a única estratégia para usar todos os meses. Por isso, é essencial consultar um médico.
6. Alergias respiratórias
Medicação natural: florais, fitoterápicos como perila e cúrcuma e a homeopatia podem atuar na prevenção e na redução da sensibilidade.
Medicação convencional: é fundamental consultar um médico, que pode recomendar o uso de antialérgicos em certos casos. Contudo, o uso prolongado exige cautela.
Do balcão à manipulação: por que contar com ajuda especializada
Para ter certeza da melhor opção de medicação, Jamar Tejada orienta que o ideal é ter um farmacêutico ou outro profissional de saúde que entenda as duas linguagens, a da medicina moderna e a da sabedoria natural.
“Muitas vezes, o tratamento integrativo não apenas resolve o problema, como evita que ele volte com frequência, sem tantos efeitos colaterais”, destaca o profissional, que completa: “Cada vez mais farmácias de manipulação e profissionais estão preparados para orientar o público nesse equilíbrio, com fórmulas personalizadas, seguras e eficazes, mas jamais faça um tratamento natural por conta própria, pois, apesar de naturais, eles podem ter sim efeitos colaterais”, finaliza.
Por Mayra Barreto Cinel
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.