Jovem Pan > Notícias > Mundo > Trump duvida da vontade de Putin de acabar com guerra após encontro com Zelensky no Vaticano
Presidentes dos EUA e da Ucrânia conversaram por cerca de 15 minutos na Basílica de São Pedro; segundo Kiev, reunião foi ‘muito simbólica’ e pode se tornar ‘histórica’
- Por Jovem Pan
- 26/04/2025 17h27 – Atualizado em 26/04/2025 17h34
Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia/EFE/EPA
Volodymyr Zelensky e Donald Trump conversam na Basílica de São Pedro, durante o funeral do papa Francisco
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou neste sábado (26) dúvidas sobre a disposição do presidente da Rússia, Vladimir Putin, em encerrar a guerra na Ucrânia. A declaração foi feita após um breve encontro com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, à margem do funeral do papa Francisco, no Vaticano. Trump e Zelensky conversaram por cerca de 15 minutos na Basílica de São Pedro. Segundo a Presidência da Ucrânia, a reunião foi “muito simbólica” e pode se tornar “histórica” caso gere resultados concretos. A Casa Branca classificou o encontro como “muito produtivo”.
Após a reunião, Trump escreveu na rede Truth Social que os recentes ataques russos a áreas civis indicam que Putin “talvez não queira terminar a guerra”. Este foi o primeiro encontro entre Trump e Zelensky desde uma tensa reunião em fevereiro, em Washington. A expectativa de uma segunda conversa ainda neste sábado não se confirmou, já que Trump deixou Roma logo após a cerimônia.
O funeral de Francisco reuniu dezenas de líderes mundiais, criando oportunidade para encontros diplomáticos. Zelensky também se reuniu com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e com a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, que reiteraram apoio a uma “paz justa e duradoura”. Além disso, houve conversas com o presidente francês, Emmanuel Macron, e com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, ambos favoráveis a esforços internacionais pela paz.
Na sexta-feira (25), Trump afirmou que um acordo entre Rússia e Ucrânia estava “muito próximo”, citando negociações realizadas por seu enviado Steve Witkoff em Moscou. Segundo o Kremlin, Putin teria manifestado disposição para negociar “sem pré-condições”.
Enquanto isso, no campo de batalha, Moscou anunciou que retomou o controle da região de Kursk, fronteira com a Ucrânia, após meses sob controle ucraniano. Kiev desmentiu a informação e afirmou que os combates continuam. A situação fragiliza a posição ucraniana nas negociações e aumenta a pressão para que um acordo seja alcançado. O apoio dos Estados Unidos é considerado vital para a Ucrânia, mas há receios de que Trump force Kiev a aceitar termos mais favoráveis à Rússia.
*Com informações da AFP
Publicado por Felipe Cerqueira
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