Jovem Pan > Notícias > Economia > Mercado financeiro eleva projeção para o PIB, mas mantém estimativas para inflação e juros
Previsão para a expansão da economia neste ano subiu de 1,97% para 1,98%, de acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Banco Central
- Por da Redação
- 14/04/2025 14h54
Pixabay
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O mercado financeiro elevou a expectativa de crescimento da economia brasileira em 2025. De acordo com o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Banco Central, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 1,97% para 1,98%. Para 2026, a estimativa também foi ajustada para cima, de 1,60% para 1,61%. Para os anos seguintes, 2027 e 2028, a expectativa de crescimento permanece em 2%. O PIB de 2024, já fechado, registrou alta de 3,4%, consolidando o quarto ano consecutivo de crescimento da economia brasileira.
A previsão para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) — considerado a inflação oficial do país — foi mantida em 5,65% para 2025, acima do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos (limite superior de 4,5%). Para os anos seguintes, as projeções do mercado são de 4,5% em 2026, 4% em 2027 e 3,79% em 2028. Em março, a inflação mensal ficou em 0,56%, influenciada principalmente pelo aumento nos preços dos alimentos. No acumulado de 12 meses, o IPCA atinge 5,48%.
A taxa básica de juros, a Selic, deve encerrar 2025 em 15% ao ano, segundo o mercado — mesma projeção mantida há 14 semanas. Atualmente, a taxa está em 14,25%. Para 2026, a expectativa é de recuo para 12,5%; em 2027, para 10,5%; e em 2028, para 10%. O Banco Central elevou os juros em março em um ponto percentual, marcando o quinto aumento consecutivo no atual ciclo de aperto monetário. Em comunicado, o Copom (Comitê de Política Monetária) alertou para pressões inflacionárias persistentes, especialmente no setor de serviços, e indicou que novas altas podem ocorrer, porém em ritmo menor.
A Selic é o principal instrumento utilizado pelo BC para controlar a inflação. Juros mais altos encarecem o crédito, reduzem o consumo e tendem a conter a alta de preços. Por outro lado, taxas elevadas também podem limitar o crescimento econômico.
A projeção para o câmbio em 2025 foi mantida em R$ 5,90. Para 2026, houve uma leve queda na estimativa, de R$ 5,99 para R$ 5,97. Para os anos seguintes, a expectativa é de um dólar a R$ 5,89 em 2027 e R$ 5,84 em 2028. O Boletim Focus é divulgado semanalmente pelo Banco Central e reúne as estimativas de mais de uma centena de economistas de instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos do país.
Publicado por Felipe Dantas
*Reportagem produzida com auxílio de IA
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