Taiwan e Vietnã estão entre os países que já buscam diálogo com os EUA. O presidente de Taiwan, Lai Ching-te, propôs iniciar negociações com base em “tarifas zero”, nos moldes do acordo entre EUA, Canadá e México. Apesar de ter sido incluído nas tarifas (com taxa de 32%), o setor de semicondutores —principal produto de exportação da ilha— foi poupado.
Lai Ching-te afirmou que Taiwan não adotará retaliações e prometeu manter os investimentos de empresas taiwanesas nos EUA. Exemplo da TSMC, que anunciou um novo aporte de US$ 100 bilhões. O governo da ilha também deve ampliar compras de produtos agrícolas e industriais dos americanos.
Já o Vietnã, que enfrentará tarifa de 46% a partir de 9 de abril, pediu pelo menos 45 dias para se adequar. O líder vietnamita, To Lam, enviou uma carta a Trump pedindo diálogo e afirmou que pretende viajar a Washington no fim de maio para tratar do assunto.
O governo dos EUA argumenta que os efeitos de curto prazo serão compensados por benefícios econômicos a longo prazo, incluindo a reindustrialização e o aumento da arrecadação. Representantes do varejo, no entanto, já alertaram para a possibilidade de alta nos preços de bens como roupas, alimentos e eletrônicos.
*Com informações da Reuters e AFP