O líder do PCC foi transferido para o sistema penitenciário federal a pedido da Justiça Estadual do Ceará, onde Fuminho respondia a um processo por duplo homicídio. Ele foi denunciado como mandante dos assassinatos de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, executados a tiros em fevereiro de 2018, na região metropolitana de Fortaleza. Na época, a Justiça considerou que havia risco de retaliações.
Anos depois, a Justiça do Ceará considerou que a acusação não foi comprovada e decidiu não levar Fuminho a júri popular. Com isso, Frederico Botelho de Barros Viana, corregedor da Penitenciária Federal de Brasília, entendeu que “os motivos que ensejaram a inclusão do detento no sistema penitenciário federal não mais subsistem em sua integralidade”. A decisão também levou em consideração uma certidão de boa conduta carcerária.
Segundo a decisão, Fuminho deve ser transferido para uma unidade prisional de segurança máxima em Aquiraz, na região metropolitana de Fortaleza.
O magistrado fez a ressalva de que “qualquer juízo em que haja ordem de prisão em vigor contra o preso poderá requerer a inclusão ou manutenção do detento no Sistema Penitenciário Federal, desde que devidamente formalizado novo incidente processual”.
Fuminho é o principal aliado de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, no tráfico internacional de drogas do PCC. Ele foi preso em 2020 em Moçambique (África) e extraditado para o Brasil, após 21 anos foragido.
Investigações da Operação Mafiusi descobriram que, na época, o PCC montou uma operação avaliada em US$ 2 milhões para resgatar Fuminho da cadeia em Maputo, capital de Moçambique.