Jovem Pan > Notícias > Economia > Haddad diz que Brasil busca equilíbrio global diante de incertezas nos EUA
Mesmo com a trégua de 90 dias na guerra tarifária anunciada pelo governo norte-americano, o Brasil continuará pagando tarifa de 10% sobre suas exportações
- Por Aline Becketty
- 10/04/2025 17h43
Divulgação/Ministério da Fazenda
Haddad destacou que o governo brasileiro tem mantido diálogo com autoridades dos Estados Unidos
Durante coletiva nesta quarta-feira (9), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou as recentes medidas protecionistas adotadas pelos Estados Unidos. Mesmo com a trégua de 90 dias na guerra tarifária anunciada pelo governo norte-americano, o Brasil continuará pagando tarifa de 10% sobre suas exportações — sem qualquer alívio no curto prazo. Segundo Haddad, ainda não é possível avaliar com clareza os impactos econômicos dessas decisões, diante da instabilidade no cenário internacional: “Como as coisas mudam a cada 24 horas no plano internacional, não há uma diretriz clara. As pessoas estão com muita insegurança sobre o que está acontecendo com o governo dos EUA”.
O ministro destacou que o governo brasileiro tem mantido diálogo com autoridades dos Estados Unidos: “Os canais diplomáticos estão abertos, as conversas com o governo dos Estados Unidos estão acontecendo, sobretudo com o secretário que cuida do comércio exterior. Isso está em curso”. Ele também reforçou a estratégia brasileira de ampliar acordos com diferentes parceiros comerciais, evitando alinhamentos automáticos com grandes potências: “O Brasil está aumentando o comércio exterior com os três grandes blocos, e não só. Estamos ampliando os mercados abertos para os produtos brasileiros desde o primeiro dia do governo do presidente Lula”.
“O Brasil tem uma dimensão que impede você de se deixar anexar por um dos três grandes blocos. O Brasil tem que se abrir”, disse Haddad. A política externa brasileira, segundo o ministro, tem apostado no multilateralismo como eixo central: “Esse tem sido o mantra do presidente Lula: investir no multilateralismo”.
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