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Dólar encerra o dia a R$ 5,74 com tom cauteloso do Fed; Ibovespa fecha quase estável

por Jovem Pan
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Foi o terceiro pregão consecutivo de avanço da divisa, que fechou no maior nível desde 17 de abril (R$ 5,8037) e passou a acumular valorização de 1,21% nos quatro primeiros pregões de maio

  • Por Jovem Pan
  • 07/05/2025 18h10

J.SOUZA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

A perdas da moeda no ano, que já superaram 8%, agora são de 7,04%

O dólar acentuou o ritmo de alta ao longo da tarde no mercado local em sintonia com o fortalecimento da moeda norte-americana no exterior, após o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, adotar um tom cauteloso em torno da condução da política monetária, evitando dar sinais sobre eventuais cortes de juros.

Com máxima a R$ 5,7635, o dólar à vista terminou o dia em alta de 0,61%, a R$ 5,7454. Foi o terceiro pregão consecutivo de avanço da divisa, que fechou no maior nível desde 17 de abril (R$ 5,8037) e passou a acumular valorização de 1,21% nos quatro primeiros pregões de maio. A perdas da moeda no ano, que já superaram 8%, agora são de 7,04%.

Como esperado, o Fed manteve a taxa de juros no intervalo entre 4,25% e 4,50%, reconhecendo que os riscos de avanço do desemprego e da inflação aumentaram em razão do tarifaço do presidente dos EUA, Donald Trump. Ativos aqui e lá fora mostraram reação modesta ao tom do comunicado.

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O jogo mudou a partir das 15h30 com as declarações de Powell em entrevista coletiva. O presidente do BC dos EUA disse que a política monetária está bem posicionada, embora haja aumento da tensão para cumprimento de seu duplo mandato: a inflação na meta e o máximo emprego.

Powell ressaltou que o Fed não está em situação de promover um corte preventivo dos juros, dado que as tarifas devem resultar em repique inflacionário. “Não posso dizer com confiança que sei qual é o caminho apropriado para a taxa, mas nossa política não é altamente restritiva; é modestamente restritiva”, afirmou o presidente do Fed.

Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas fortes, o índice DXY, que já vinha em alta desde o início do dia, renovou máxima à tarde, acima dos 99,900 pontos. A moeda norte-americana subiu em relação à maioria das divisas emergentes e de países exportadores de commodities, com dois pares do real – os pesos mexicano e colombiano – como umas das exceções.

Mais cedo, o dólar já vinha em alta tanto lá fora quanto no mercado local. Além da cautela pré-Fed, parecia haver um ajuste favorável a ativos americanos, com pausa na rotação de carteiras em direção a moedas fortes e mercados emergentes diante de sinais de início de negociação tarifária entre China e EUA.

No início da tarde, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que as negociações comerciais com a China, que devem ocorrer na Suíça, começam neste sábado. Do lado chinês, estará o vice-primeiro-ministro chinês e czar econômico de Xi Jinping, He Lifeng. Na terça à noite, o Banco do Povo da China (PBoC, o BC do país) anuncio medidas de estímulo monetário que foram vistas como insuficientes para contrabalançar os efeitos sobre a atividade provocados pela guerra comercial.

Por aqui, as expectativas são de que o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncie nesta quarta-feira à noite uma alta da taxa de juros, com apostas mais inclinadas para um aumento de 0,50 ponto porcentual, mas não se comprometa com o fim do ciclo de aperto, dadas as incertezas externas e as expectativas de inflação elevadas.

Bolsa

Do meio para o fim da tarde, o Ibovespa acompanhou a relativa melhora em Nova York – onde o índice amplo, S&P 500, oscilou do negativo ao positivo durante a fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, assim como o Nasdaq -, mas encerrou a sessão ainda em baixa de 0,09%, aos 133.397,52 pontos A cautela precede a decisão do período da noite do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que deve elevar a taxa de juros de referência do Brasil em meio ponto porcentual, a 14,75% ao ano. O giro foi moderado a R$ 19,7 bilhões na sessão. Na semana, o Ibovespa cede 1,28%, e no agregado no mês cai 1,24%. No ano, sobe 10,90%.

Na B3, parte do setor financeiro avançou nesta quarta-feira pré-Copom, como Itaú (PN +1,10%), Santander (Unit +0,35%) e Banco do Brasil (ON +0,42%). Petrobras encerrou o dia sem direção única, com a ON em alta de 0,65% e a PN, de 0,46%. O papel de maior peso no Ibovespa, Vale ON, fechou em leve baixa de 0,19%. Na ponta ganhadora do índice, destaque para Eneva (+4,15%), Klabin (+2,68%) e Minerva (+2,57%). No lado oposto, RD Saúde (-14,76%), Vamos (-7,05%) e Ultrapar (-4,00%).

Por sua vez, em Nova York, os três principais índices de ações, com o Dow Jones à frente (+0,70%), firmaram-se em alta em direção ao encerramento, com o S&P 500 mostrando ganho de 0,43% e o Nasdaq, de 0,27%, no fim do dia.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira

 

  • Tags:
  • banco central americano, china, Copom, Dólar, eua, Fed, Ibovespa, Inflação, Mercado Financeiro, Selic, trump

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