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Conheça os vinhos branco do Alentejo e Ribatejo

por Esper Chacur Filho
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Bebida vem ganhado mercado a cada dia, por conta, também, desta mudança climática e por sua capacidade de harmonização com grande parte da culinária brasileira que, em uma só, são muitas

Arquivo Pessoal

Vinhos portugueses gozam da simpatia do gosto do brasileiro, sendo que os brancos do Alentejo e Ribatejo estão muito presentes no mercado nacional

O aquecimento global vem impactando os hábitos de consumo de vinho, inegavelmente, e no Brasil não poderia ser diferente, agravando-se o calor com o
clima predominantemente tropical desta nação continental. Os vinhos brancos vêm ganhado mercado a cada dia, por conta, também, desta mudança climática e por sua capacidade de harmonização com grande parte da culinária brasileira que, em uma só, são muitas. E os vinhos portugueses gozam da simpatia do gosto do brasileiro, sendo que os brancos do Alentejo e Ribatejo estão muito presentes no mercado nacional. Portugal é um país de tradição vinícola milenar, e as regiões do Alentejo e Ribatejo (atualmente parte da região do Tejo) desempenham um papel fundamental na produção de vinhos brancos de alta qualidade. Embora ambas as regiões tenham climas quentes, suas características geográficas e tradições vitivinícolas resultam em vinhos distintos, cada um com identidade própria.

A viticultura no Alentejo remonta à época dos romanos, que introduziram técnicas de vinificação na região. Durante a Idade Média, monges cistercienses
aperfeiçoaram os métodos de produção. No século XX, a criação da Comissão Vitivinícola Regional do Alentejo ajudou a consolidar a qualidade dos vinhos. Hoje, o Alentejo é uma das regiões vinícolas mais importantes de Portugal, conhecida por seus vinhos encorpados e bem estruturados. ,A história vinícola do Ribatejo também remonta ao período romano, mas foi nos séculos XVIII e XIX que a produção cresceu significativamente. A proximidade do rio Tejo favorece solos férteis e condições ideais para a viticultura. A modernização da produção e a valorização das castas autóctones nas últimas décadas elevaram a qualidade dos vinhos brancos da região.

O clima quente do Alentejo favorece uvas que mantêm boa acidez e frescura. As castas brancas mais utilizadas são: (1) Antão Vaz: A uva emblemática do Alentejo, produz vinhos estruturados, com aromas tropicais, notas cítricas e excelente potencial de envelhecimento. (2) Arinto: Confere acidez e longevidade aos vinhos, trazendo frescura e equilíbrio. (3) Roupeiro (Síria): Apresenta aromas florais, cítricos e de frutas de caroço, contribuindo para a complexidade dos vinhos. Os brancos alentejanos, se caracterizam como vinhos de corpo médio a encorpado, dependendo do estágio em barricas, com aromas frutados, tropicais e cítricos, com boa mineralidade. Eles têm boa capacidade de envelhecimento, especialmente os de Antão Vaz e Arinto. Quanto a harmonização, vão bem com peixes grelhados, como robalo e dourada. Queijos de pasta mole, como queijo de Azeitão, são boas pedidas e, até seguram bem pratos de carne branca com molhos cítricos ou cremosos.

Quanto ao Ribatejo (Região do Tejo), o clima mais temperado e a influência do rio Tejo permitem uma maior diversidade de castas brancas. As mais comuns são: a (1) Fernão Pires (Maria Gomes), que é a casta branca mais plantada na região, produz vinhos aromáticos com notas florais e cítricas. A (2) Arinto, assim como no Alentejo, traz frescura e estrutura, ajudando na longevidade dos vinhos. E a (3) Verdelho, irmã da homônima espanhola, garante mineralidade e notas tropicais equilibradas, criando vinhos elegantes e refrescante. Os vinhos brancos ribatejanos variam de leves a médios, com ótima acidez e frescura, presentam aromas florais, de frutas brancas e cítricas; normalmente são vinhos para consumo jovem, mas os de Arinto e Verdelho podem envelhecer bem. Vão muito bem com mariscos, como amêijoas à Bulhão Pato, ou mesmo saladas frescas e pratos vegetarianos.

Os produtores do Alentejo que merecem destaque são: (1) Herdade do Esporão – produz o Esporão Branco, um vinho equilibrado e aromático com Antão Vaz, Arinto e Roupeiro. (2) Adega Cartuxa (Fundação Eugénio de Almeida) – o Cartuxa Branco é um clássico, elegante e com bom potencial de guarda. (3) Herdade dos Grous – conhecida por seus vinhos brancos estruturados e sofisticados, como o Herdade dos Grous Branco. (4) Tapada de Coelheiros – cujo vinho Coelheiros Branco tem cativante acidez faz dele um vinho gastronômico e versátil.

Já do Ribatejo (Região do Tejo), a Quinta da Lagoalva, que produz brancos elegantes, com destaque para os de Fernão Pires e Verdelho, é um patrimônio da região. Merece destaque, também, a Casal Branco, especialmente pelo Falcoaria Branco, feito com Fernão Pires, e que é um dos melhores vinhos brancos da região. Tanto o Alentejo quanto o Ribatejo (Tejo) produzem vinhos brancos de grande qualidade, cada um com seu estilo próprio. Os vinhos alentejanos são mais estruturados e envelhecem bem, enquanto os do Ribatejo são mais leves, frescos e aromáticos. Escolher um vinho dessas regiões é sempre uma excelente opção para diversas harmonizações gastronômicas. Salut!

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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