Segunda fase do acordo na Faixa de Gaza prevê que todas as tropas israelenses sejam retiradas de Gaza; além da libertação dos reféns, as discussões também abordarão iniciativas para a reconstrução do enclave palestino
HASHEM ZIMMO/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
Apesar de algumas ameaças de quebra do acordo na semana passada, o cessar-fogo tem transcorrido de maneira normal
As autoridades estão atualmente engajadas em discussões cruciais no Egito sobre uma nova etapa do cessar-fogo entre Israel e o grupo Hamas. Este acordo envolve a entrega dos corpos de quatro reféns e a retirada de tropas de Gaza. O cessar-fogo, que foi inicialmente costurado no ano passado com a ajuda de autoridades do Catar, Egito e Estados Unidos, está agora chegando ao final de sua primeira fase. Até o momento, 33 reféns foram libertados, e Israel também cumpriu sua parte, libertando prisioneiros palestinos. A segunda fase, que será o foco das reuniões no Egito e no Catar, busca a retirada de todos os reféns restantes da Faixa de Gaza, onde mais de 50 pessoas, vivas e mortas, ainda estão sob custódia do grupo terrorista.
A presença do secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, na região, será uma oportunidade para discutir como os Estados Unidos podem contribuir para a implementação desta segunda fase. Além da libertação dos reféns, as discussões também abordarão iniciativas para a reconstrução do enclave palestino. Este ponto tem sido motivo de divergência, especialmente após o ex-presidente Donald Trump expressar a intenção de administrar a reconstrução de Gaza, transformando-a em uma espécie de Riviera no Oriente Médio. Essa proposta gerou descontentamento entre aliados árabes, que acusam os Estados Unidos de tentar promover uma limpeza étnica ao remover a população palestina de sua terra natal.
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As negociações contarão com a presença de representantes israelenses no Cairo e em Doha, com o objetivo de garantir a continuidade do cessar-fogo implementado no final de 2024. Apesar de algumas ameaças de quebra do acordo na semana passada, o cessar-fogo tem transcorrido de maneira normal, sendo visto como uma alternativa viável para encerrar definitivamente o conflito de mais de 15 meses no Oriente Médio. As discussões e negociações continuarão nas próximas semanas, com a esperança de alcançar uma solução pacífica e duradoura para a região.
*Com informações de Luca Bassani
*Reportagem produzida com auxílio de IA
