Se as tarifas permanecerem neste patamar, o comércio internacional se torna sustentável; não à toa, as bolsas operaram em forte alta nos EUA, e o dólar se valorizou no mundo inteiro
- Por Alan Ghani
- 12/05/2025 22h12
Montagem/CHARLY TRIBALLEAU e Ludovic MARIN / AFP
Com a ineficácia das tarifas para atingir a China, Trump avaliou os riscos e renegociou as tarifas com Pequim
Depois das tarifas protecionistas da China e dos EUA chegarem a níveis estratosféricos – 125% e 145%, respectivamente -, inviabilizando o comércio entre ambos, finalmente as duas superpotências chegam a um acordo, válido para os próximos 90 dias. A nova tarifa de bens exportados da China para os EUA é de 30%. Já os produtos americanos já chegam na China com 10% de imposto alfandegário. Apesar do recuo, as tarifas ainda são maiores do que antes do “liberation day” (25% dos EUA contra a China e 10% da China contra os EUA).
Provavelmente, o recuo de Donald Trump tem menos a ver com sua estratégia de negociação, e mais com o déficit recorde na balança comercial em março e o aumento das exportações da China em abril. Com a ineficácia das tarifas para atingir a China, Trump avaliou os riscos e renegociou as tarifas com a China. De qualquer modo, se as tarifas permanecerem neste patamar, o comércio internacional se torna sustentável. Não à toa, as bolsas operaram em forte alta nos EUA, e o dólar se valorizou no mundo inteiro. Esse acordo foi um verdadeiro presente de dia das mães para o mercado.
*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.
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