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Crianças buscam em redes o que não encontram na televisão

por admin
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Divulgação/Poti Poti

De acordo com uma pesquisa americana, cerca de 60% das crianças de 9 a 10 anos estão ativas em redes sociais que só seriam permitidas a maiores de 13

Com o streaming e a chegada de canais fechados que oferecem vasta programação às famílias, a TV aberta hoje não apresenta programas infantis como era antigamente. A cada dia, nos deparamos com a falta de programas que ensinem e falem a linguagem das crianças e, carentes desse tipo de abordagem, elas correm para as redes em busca de conteúdo específico. Recentemente, a empresa ‘Meta’ que cuida das redes sociais – Instagram, Facebook, WhatsApp e Threads anunciou mudanças nas suas políticas de moderação.

De acordo com uma pesquisa americana, cerca de 60% das crianças de 9 a 10 anos estão ativas em redes sociais que só seriam permitidas a maiores de 13. O problema é que nem sempre encontramos conteúdo de qualidade na internet e é preciso ter atenção sobre as escolhas dos pequenos. Percebendo esse nicho, o comerciante Júnior Marinho começou a gravar vídeos com a filha, Elloá, de 7 anos e a dupla viralizou com o nome “Os Poti Poti”.

Pai e filha têm se destacado no cenário digital com seu humor gospel e conquistam uma ampla audiência. “Nas nossas redes sociais (Instagram, Tiktok, Facebook e Youtube) estamos a caminho de 2 milhões de seguidores, compartilhando vídeos que abordam situações cotidianas da comunidade evangélica de forma leve e divertida. Humor sem apelo pra mim é algo natural, porque essa é minha vida de Cristão, não falar palavrão já faz parte do meu cotidiano”, explica Marinho.

No TikTok, um de seus vídeos mais populares intitulado “Panelinha: Jesus e a Verdade do Inimigo” satiriza a falsidade dentro das comunidades religiosas, utilizando a comédia como ferramenta de reflexão. A família que mora em Resende, interior do Rio de Janeiro, confessa que o começo não foi fácil. “Enfrentei comentários ofensivos com relação à minha filha, mas somos muito unidos e percebemos que o propósito é maior: queremos atingir o maior número de crianças possível, de forma positiva, sempre ensinando algo ou divertindo com responsabilidade”.

Com críticas bem-humoradas sobre consumismo, hipocrisia e comportamentos comuns no meio evangélico, os vídeos estão em diversas plataformas, são acessíveis e promovem uma abordagem leve para temas sérios. “O humor pode ser uma poderosa ferramenta para abordar questões sociais e religiosas, alcançando um público diverso e incentivando reflexões sobre a vivência na comunidade evangélica. Através de paródias, nós conquistamos seguidores fiéis e ampliamos cada vez mais nosso impacto no meio digital”, comenta o pai.

Psicóloga avalia consumo de tela e comportamento infantil

Além de vivermos a era das crianças conectadas estamos passando pelo pós pandemia porque infelizmente, o isolamento social nos forçou a ir para as telas de maneira quase que incontrolável, como se aquilo fosse um conforto. Porém é preciso equilíbrio já que tudo que é demais, não é bom. “A recomendação é que as crianças possam utilizar de duas a quatro horas por dia no máximo de tecnologias, mas isso está aumentando muito. A consequência é uma maior irritabilidade, menor tolerância e frustração, dificuldade de socialização, entre outras coisas”, alerta Catiele Reis, professora do curso de Psicologia da Universidade Tiradentes (Unit) e especializada em Psicologia da Infância.

“É preciso controlar o tempo de acesso ao celular e analisar o que a criança está consumindo de conteúdo, o que ela está vendo, como está interagindo e prestar atenção na classificação indicativa dos aplicativos, além de checar com quem ela conversa, obviamente”, diz a especialista. Oferecer postagens de qualidade que reverberam aprendizados e até entretenimento de maneira leve e com bom senso é um milagre no cenário das redes sociais.

A família dos Poti prova que ainda é possível alimentar uma internet que faz bem porque faz sorrir.A pequena Lolo adora entrar na personagem que propositalmente traz uma maquiagem exagerada para chamar a atenção dos internautas. “Minha filha não perde nem nunca deixarei perder a essência de ser criança. É tudo lúdico e orgânico como podem ver e o público gosta disso. Minha esposa, que é guarda municipal da cidade também participa da criação das canções e trabalha conosco nos bastidores. Eu brinco que o apoio que vem de dentro ultrapassa o vídeo e toca corações e é essa a receita de usar o digital com sucesso: a verdade com sentimento”, fala Júnior, emocionado.

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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