Juiz da 3ª Zona Eleitoral enviou o caso ao Supremo Tribunal Federal (STF) a pedido da PF. O ministro Gilmar Mendes pediu um parecer à Procuradoria Geral da República sobre a investigação. Com base nessa avaliação do Ministério Público, nesta sexta-feira (14), o ministro definiu que a apuração deve acontecer mesmo no STF – ou seja, há indícios de participação do parlamentar e outros possíveis investigados com direito a foro privilegiado no tribunal.
Ministro também determinou que a PF faça um relatório parcial sobre a investigação. Isso porque os policiais não apuravam diretamente a participação do deputado para não anular o trabalho. Agora, com o aval do STF, isso deve ser feito com mais profundidade.
Ao UOL na época da divulgação do caso, Júnior Mano negou participação em qualquer ilegalidade. Ele disse que “é vítima do uso indevido de seu nome e confia plenamente nos poderes constituídos para o reconhecimento de sua total inocência”.
Áudio citou líder do governo
PF encontrou áudio citando “um negócio de um milhão e meio de emenda de saúde” do líder do governo Lula na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e um índice de “no máximo 12%”. Os áudios são de Bebeto Queiroz, amigo de Júnior Mano, para o assessor do deputado, Adriano Bezerra.
À época, Mano era filiado ao PL, de Valdemar Costa Neto. À revista Piauí, a assessoria de Guimarães disse desconhece o assessor de Júnior Mano.