Lar Saúde Escorregar? Só se for em toboágua, depois dos ‘enta’, e eu conto tudo

Escorregar? Só se for em toboágua, depois dos ‘enta’, e eu conto tudo

por Renata Rode
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Divulgação/São Pedro Thermas Resort

Parque aquático São Pedro Thermas Resort

Aos 48 anos de idade e depois de já ter vivido apuros quando criança, decidi testar meus limites no São Pedro Thermas Resort, conhecido como o complexo “pé no parque” localizado no interior de São Paulo. Só para esclarecer, quando eu tinha uns 4 anos decidi encarar o escorregador pequeno do hotel em que estávamos e o resultado foi que minha mãe teve que pular de roupa e tudo pra me salvar porque eu mergulhei e me debatia para subir. Sim, sou uma mulher vivida e experiente que tinha trauma de escorrega e nem imaginava encarar um parque aquático na vida, e o fiz. Encorajada pela filha de 13 anos que adora adrenalina, passei dois dias lá e posso dizer que a experiência me surpreendeu.

Primeiro porque o resort em si é maravilhoso e segundo porque o parque é muito bem estruturado, limpo e seguro. Aliás, deixo aqui meus cumprimentos especiais para a equipe de salva-vidas, que é super atenta e trabalha demais porque pude presenciar vários adultos desnorteados, ao fim de diversos tobogãs, sendo amparados pelos monitores. Ainda quero fazer outro elogio: todos os brinquedos têm câmera para que quem está no topo da descida veja que o banhista que foi antes já chegou ao fim, evitando, assim, acidentes. Com águas quentes (pode acreditar que isso faz diferença quando o tempo não ajuda) e muitas atrações, o Thermas Águas de São Pedro está entre os cinco mais visitados do Brasil em 2023 e entre os 10 da América Latina. Além disso, conta com a maior piscina de ondas do Estado de São Paulo e essa era a vista que eu tinha do quarto que nos hospedamos (uma atração à parte).

Por falar em vista, preciso registrar a beleza da fachada do resort, elaborada pelo arquiteto Leonardo Fontenele, que assinou o master plan do complexo de 32 mil metros quadrados e projetos de arquitetura do parque aquático, assim como as obras de atrações da Disney, o complexo Ferrari World, em Abu Dhabi, dentre outros parques nacionais e internacionais. São quatro prédios de cinco andares, disponibilizando 271 apartamentos mobiliados de 42,6 metros quadrados cada, com quarto, cozinha, sala e banheiro. A gente acaba se sentindo em casa porque é tudo muito moderno e bem cuidado, sem falar na receptividade dos atendentes, da recepção à limpeza.

Quem fica hospedado no resort tem uma entrada privativa e exclusiva que acessa a piscina de ondas, uma das mais procuradas. No parque, as atrações parecem ser infinitas, mas preciso destacar o Karaca, que é um misto de quatro toboáguas diferentes, que desembocam na mesma piscina. Ir em cada um deles é uma aventura diferente, já que são divididos entre estruturas abertas, fechadas, com led e sem led, com maior ou menor velocidade. Deslizar gera uma mescla de emoções e frio na barriga, e meu predileto foi o escorregador rosa, com luz e desenho meio que psicodélico dentro, que te dá uma sensação de voltar à infância. Os bangalôs privados à beira do rio calmo são disputados por quem prefere o sossego e serviço de comes e bebes à mão e funcionam mediante reserva. O escorrega em formato de baleia é um dos prediletos pelos menores, mesmo que pequenos, destemidos porque não é assim tão “calmo”.

E, claro, depois de experimentar tanta adrenalina, o fim de tarde na piscina do resort, que tem ofurôs, piscina infantil com atrações e lounge, além de vista deslumbrante e serviço impecável de drinques, é imperdível. Aliás, o hotel ainda oferece restaurante, atrativos para adultos e crianças, espaço kids, playground, academia, saunas seca e úmida, spa, salas de massagem, hidromassagens, bares, PUB e Trattoria, conveniência, cinema, salão de jogos, mirante e piscina coberta e aquecida. Ufa!

O contato com a água faz bem para saúde mental

Como boa jornalista que sou, resolvi ouvir uma especialista em comportamento para entender o que estava acontecendo comigo naquele fim de semana. Não só o fato de sair da cidade grande rumo a um passeio me relaxou, como também, vivenciar algo tão lúdico quanto brincar e se permitir. “Como especialista em psicologia, posso dizer que é fundamental que as pessoas se permitam conectar com sua criança interior e se divertir de forma autêntica, sem medo de julgamento ou crítica. Afinal quem brinca cresce. Porém, a rotina e responsabilidades muitas vezes nos distanciam dessa atitude sem a percepção que a leveza, o brincar e o descontrair pode nos levar para uma vida mais feliz, saudável e plena”, explica a psicóloga Rosemary Andriani.

Além disso, ao alimentar a criança interior (se permitir) e superar medos como o de escorregar, por exemplo, o indivíduo desenvolve resiliência e capacidade de lidar com desafios. “Isso aumenta a autoestima e a confiança da pessoa, estimula a criatividade, a imaginação, fortalece as relações e cria memórias. Ainda, o contato com a água pode ser uma excelente forma de relaxar e reduzir o estresse já que ela tem um efeito calmante e terapêutico sobre o corpo e a mente, possibilitando redução de tensão muscular, liberação de endorfinas que são hormônios naturais que promovem a sensação de bem-estar com melhora da qualidade do sono e diminuição da ansiedade”, detalha a especialista.

O que posso dizer? Eu amei e pretendo testar mais limites, sim. Senti na pele o aumento de foco e criatividade após passar por essa experiência e pretendo voltar e contar mais por aqui para vocês, em nome do bom jornalismo, pelo autoconhecimento e para que a gente mantenha nossa saúde mental em dia. Combinado?

*Esse texto não reflete, necessariamente, a opinião da Jovem Pan.

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