Jovem Pan > Programas > Jornal da Manhã > Barroso diz que democracia vive momento perigoso em todo o mundo

Presidente do STF participou de homenagem ao centenário do renomado jurista José Afonso, realizada na Faculdade de Direito da USP

  • Por Jovem Pan
  • 09/05/2025 15h29 – Atualizado em 09/05/2025 16h11

TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

“Chegamos mais perto do inimaginável do que imaginávamos”, disse Luís Roberto Barroso sobre a ameaça à democracia

Durante uma homenagem ao centenário do renomado jurista José Afonso, realizada na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luís Roberto Barroso, fez um discurso impactante sobre a situação atual da democracia no Brasil e no mundo. Barroso aproveitou a ocasião para destacar a importância da democracia brasileira e alertar sobre os desafios que ela enfrenta atualmente. Ele enfatizou que, apesar de o Brasil ter superado momentos difíceis no passado, a democracia global está passando por um período perigoso, com sombras que também afetam o país.

Barroso criticou a ascensão do populismo autoritário, que, segundo ele, tem o poder de dividir a sociedade e adota estratégias de comunicação direta com seus apoiadores, muitas vezes ignorando as instituições democráticas. “O mundo viveu e ainda vide a ascensão do populismo autoritário, que divide a sociedade entre nós e eles”, disse. Ele destacou o desprezo por Supremas Cortes, que têm a função crucial de limitar o poder das maiorias políticas. O ministro enfatizou que a democracia deve ser inclusiva, permitindo espaço para liberais, progressistas e conservadores, e que a alternância no poder é essencial para a saúde democrática. Ele ressaltou a necessidade urgente de recuperar o respeito e a consideração por opiniões divergentes no Brasil.

Em seu discurso, Barroso relembrou eventos recentes que marcaram a história política do país, como as eleições de 2022 e o dia 8 de janeiro de 2023, mencionando que o Brasil esteve mais próximo de uma queda de ruptura do que muitos poderiam supor. “Chegamos mais perto do inimaginável do que imaginávamos.” Ele apontou a perda de civilidade, a disseminação de mentiras como narrativas e o desprezo pelo conhecimento e pela ciência como causas principais das tentativas de ruptura democrática no mundo. Esses fatores, segundo Barroso, são ameaças reais que precisam ser enfrentadas com seriedade e determinação.

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Ao concluir seu discurso, Barroso destacou a importância de enfrentar esses desafios para preservar a democracia. Ele chamou a atenção para a necessidade de um esforço coletivo para proteger as instituições democráticas e promover um ambiente de respeito mútuo e diálogo construtivo. Para Barroso, somente através da união e do compromisso com os valores democráticos será possível superar as adversidades e garantir um futuro mais justo e democrático para todos.

*Com informações de Beatriz Manfredini

  • Tags:
  • 8 de janeiro, democracia, Luis Roberto Barroso, populismo, STF

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