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Primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez culpa operadoras de energia e anuncia comissão para apurar apagão

por Jovem Pan
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Em paralelo, a Audiência Nacional, jurisdição de Madri que trata de casos complexos, abriu uma investigação para apurar se houve ‘sabotagem informática’, o que poderia constituir um ‘crime de terrorismo’

  • Por Jovem Pan
  • 29/04/2025 16h17 – Atualizado em 29/04/2025 16h23

EFE/X/ Moncloa

‘Serão tomadas as medidas necessárias para que isso nunca mais aconteça’, disse Pedro Sanchez

O Governo e o Judiciário da Espanha anunciaram nesta terça-feira (29), que investigam as causas do apagão massivo que afetou a Península Ibérica nesta segunda (28). Até o momento, as operadoras da rede elétrica de Espanha e Portugal descartam ataques cibernéticos, mas não apresentaram nenhuma hipótese.

Na terceira entrevista coletiva de imprensa nas últimas 24 horas, o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez culpou os operadores de energia – formado por empresas privadas – e anunciou a criação de uma comissão liderada pelo Ministério da Transição Ecológica para apurar as causas do apagão. “Serão tomadas as medidas necessárias para que isso nunca mais aconteça”, disse o espanhol.

“Os técnicos da rede elétrica continuam analisando o sistema. Esperamos receber os resultados preliminares nas próximas horas, senão dias”, acrescentou. “Nenhuma hipótese será descartada até que tenhamos os resultados.” Em paralelo, a Audiência Nacional, jurisdição de Madri que trata de casos complexos, abriu uma investigação para apurar se houve “sabotagem informática”, o que poderia constituir um “crime de terrorismo”.

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Horas antes, a operadora da rede elétrica na Espanha havia descartado a possibilidade de um ataque cibernético como causa do apagão, que começou pouco depois das 12h30 de segunda-feira (07h30 no horário de Brasília). O governo de Portugal, a princípio, não descartou “nenhuma hipótese”, mas disse que não havia indícios de ataque cibernético. “Ninguém pode dizer qual foi a origem, mas já há elementos suficientes para dizer que não há evidências de manipulação no ciberespaço”, disse o primeiro-ministro, Luís Montenegro, na segunda-feira.

Sem precedentes

O apagão não tem precedentes na Europa. Na Espanha e em Portugal, voos foram cancelados, os sistemas de metrô pararam de funcionar, comunicações foram cortadas e caixas eletrônicos foram fechados. 6,4 milhões de pessoas ficaram sem energia. O diretor de serviços de operação do sistema da operadora de energia elétrica da Espanha, Eduardo Pietro, afirmou que “dois eventos de desconexão” abruptos e consecutivos foram observados antes da energia cair. Nesta terça, ele afirmou que é necessário mais tempo de investigação para entender por que isso ocorreu.

A agência meteorológica da Espanha, AEMET, declarou que não detectou nenhum “fenômeno meteorológico ou atmosférico incomum”, e nenhuma flutuação repentina de temperatura foi registrada em suas estações meteorológicas na segunda-feira. A tese de um fenômeno atmosférico chegou a se espalhar ontem entre os europeus, em uma declaração que foi atribuída à operadora portuguesa REN. Nesta terça, no entanto, a empresa negou ter emitido o comunicado.

Uma outra hipótese que se espalhou é que a queda estaria atribuída à falta de energia nuclear – há dois meses, o governo espanhol fechou dois dos sete reatores nucleares em funcionamento no processo de transição energética e foi criticado pela extrema direita. Pedro Sánchez, no entanto, descartou essa possibilidade nesta terça-feira. “Aqueles que estão vinculando o incidente à falta de energia nuclear estão mentindo ou demonstrando ignorância”, disse o líder espanhol.

A União Europeia afirmou que vai “aprender as lições” do colapso “Em estreita colaboração com os operadores da rede elétrica, Bruxelas analisará atentamente as razões, o grau de preparação e as lições a serem aprendidas”, declarou a porta-voz da Comissão, Paula Pinho.

Retorno da energia

As redes elétricas de Espanha e Portugal estavam totalmente operacionais nesta terça-feira, disseram as autoridades. Nas cidades espanholas, o retorno da energia foi acompanhado por gritos de alegria após um longo dia sem luz e, em muitos casos, sem internet ou celulares.

O retorno da eletricidade permitiu a retomada do tráfego ferroviário em várias rotas principais, incluindo as movimentadas rotas Madri-Barcelona e Madri-Sevilha, de acordo com a empresa ferroviária nacional Renfe. Entretanto, os problemas continuaram em algumas linhas de trem, que voltaram a funcionar de maneira oscilante.

*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Carolina Ferreira

  • Tags:
  • apagão, eletricidade, Espanha, Europa, luz, Pedro Sánchez, portugal, rede elétrica

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