‘Ela foi recentemente operada, por um questão grave, de coluna vertebral; está em recuperação, precisa continuar em tratamento, e estava acompanhada de um filho menor’, afirmou o ministro das Relações Exteriores
- Por da Redação
- 18/04/2025 18h51
Luka GONZALES / AFP
Nadine Heredia e o ex-presidente do Peru, Ollanta Humala, foram condenados a 15 anos de prisão por receber caixa 2 da Venezuela e da Odebrecht
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, explicou nesta sexta-feira (18) que o governo brasileiro resolveu conceder o asilo à ex-primeira-dama peruana Nadine Heredia por razões humanitárias. Ele ressaltou a situação delicada de Nadine, que foi operada recentemente e está em recuperação. Vieira também disse que a decisão foi tomada e só depois informada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela e seu marido, o ex-presidente Ollanta Humala, foram condenados a 15 anos de prisão por receber caixa 2 do governo da Venezuela e Odebrecht nas eleições de 2006 e 2011.
Vieira detalhou, em entrevista para a GloboNews, que o pedido de asilo foi processado de acordo com a Convenção de Caracas, que data de 1954. O ministro também mencionou que Nadine estava acompanhada de um filho menor, o que tornava a situação ainda mais crítica.
“Ela foi recentemente operada, por um questão grave, de coluna vertebral. Está em recuperação, precisa continuar em tratamento, e estava acompanhada de um filho menor. O marido condenado está detido, portanto, o filho menor também estaria abandonado, desprotegido. Foi com base também em critérios humanitários que o Peru teria concedido o salvo-conduto “, afirmou.
O governo do Peru, ao receber o pedido de asilo, prontamente aceitou a solicitação de um salvo-conduto, permitindo que Nadine e seu filho pudessem deixar o país. O ministro destacou que, embora o governo peruano tivesse a opção de negar o salvo-conduto, decidiu facilitar a saída da ex-primeira-dama e da criança.
Para garantir a segurança de Nadine e seu filho durante a viagem, o Brasil enviou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). O ministro explica que a decisão foi tomada devido à falta de opções comerciais disponíveis no momento. “Neste caso específico, era a única forma de tirá-la com segurança e rapidez do país, com a concordância do governo do Peru. Não havia possibilidade que ela viajasse por terra ou por mar com a mesma rapidez. Não havia avião comercial no momento”, disse.
Nadine chegou a Brasília poucas horas após a sua condenação. O asilo gerou desgaste político imediato ao presidente Lula e rendeu quatro frentes de cobrança entre os parlamentares da oposição no Brasil.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Carol Santos
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