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6 dicas para escolher um bom psicólogo

por EdiCase
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Escolher o profissional da forma correta beneficia o tratamento Imagem: Prostock-studio | Shutterstock

O processo terapêutico é fundamental na vida de muitas pessoas. Isso porque favorece o gerenciamento das emoções, ajuda na melhora dos relacionamentos, aumenta o autoconhecimento e auxilia no tratamento de transtornos mentais e dependências.

Contudo, para que a psicoterapia se torne eficaz, é preciso que o paciente não minta para o terapeuta, saia da zona de conforto e colabore com o processo de forma geral. Outro ponto importante é a escolha do profissional que guiará o tratamento. Por isso, confira algumas dicas para escolher um psicólogo!

1. Identifique as suas necessidades 

O primeiro passo é refletir sobre as razões que te levaram a buscar a psicoterapia. “Muitas vezes, pode haver um motivo disparador, como uma perda significativa, dificuldades em relacionamentos ou mesmo a necessidade de autoconhecimento. Ter consciência do que deseja abordar auxiliará a escolher o profissional mais adequado”, explica a psicóloga Camila Camaratta, sócia-fundadora da Associação Piera Aulagnier e membro associado da Federação Latino-Americana de Associações de Psicoterapia Psicanalítica e Psicanálise.

2. Pesquise sobre as abordagens terapêuticas

Existem diferentes abordagens na psicologia, como psicanálise, análise comportamental, cognitivo-comportamental, gestalt, junguiana, entre muitas outras. Cada uma delas apresenta processos e métodos próprios. Segundo Camila Camaratta, a pesquisa sobre as abordagens ajudará a entender qual delas se encaixa melhor em sua personalidade e necessidades.

3. Peça indicações e cheque as avaliações

De acordo com Maria de Fátima Aquino, psicóloga clínica e especialista em relacionamentos e família, pode ser útil pedir indicações de psicólogos para amigos, familiares ou conhecidos. Afinal, a chance de indicarem alguém de confiança é maior. Além disso, é importante verificar as avaliações dos profissionais na internet.

4. Verifique a formação e o registro profissional

Para atuar como psicólogo, o profissional deve estar registrado no Conselho Regional de Psicologia (CRP). “Observe que existe a oferta de psicoterapia feita por terapeutas que não são psicólogos, ou seja, não têm formação em psicologia e não estão ligados a um conselho que os regulamentam”, alerta Maria de Fátima Aquino. A falta de uma formação adequada pode comprometer o processo terapêutico.

O ideal é escolher consultórios próximo de casa ou optar por consultas on-line Imagem: Okrasiuk | Shutterstock

5. Considere o valor e a acessibilidade

O processo terapêutico demanda tempo e dinheiro. Por isso, Larissa Fonseca, psicóloga e doutoranda em ansiedade, depressão, estresse, sono e sexualidade feminina, recomenda dar preferência para consultórios próximos de casa ou que realize as sessões de forma on-line. Isso diminuirá as chances da terapia se tornar um fator estressante. 

Por sua vez, Camila Camaratta comenta que os valores da consulta devem estar alinhados com a renda ou com os meios de pagamento do paciente. “Muitos profissionais atendem por convênio ou conforme a renda familiar”, complementa.

6. Priorize a compatibilidade

Após encontrar um profissional, o próximo passo é avaliar a primeira sessão com ele, considerando a compatibilidade. Conforme Maria de Fátima Aquino, os resultados do encontro inicial são muito importantes para o andamento do processo terapêutico. Afinal, o paciente dificilmente conseguirá se abrir com alguém que não tenha tido uma conexão.

Cuidados importantes

Outro ponto importante na escolha do psicólogo é o cuidado com os comportamentos do profissional. Um exemplo é a questão do sigilo. A psicóloga Maria de Fátima Aquino ressalta que o profissional não deve revelar para terceiros as informações compartilhadas na consulta (exceto em casos previstos por lei, como risco à morte). 

“Ademais, fuja de práticas duvidosas, como prescrição ou indicação de medicamentos, já que essa é a função do psiquiatra. Tome cuidado também com as promessas milagrosas. Psicoterapia é um processo, e nenhum profissional sério promete cura rápida ou soluções mágicas”, acrescenta.

A escuta qualificada ajuda o paciente a compreender sua própria realidade Imagem: KlavdiyaV | Shutterstock

Benefícios de uma boa escolha

Além de tornar o processo terapêutico menos desafiador, a seleção adequada do profissional também promove crescimento e bem-estar. “Muitas vezes, só o fato de ter com quem compartilhar os nossos pensamentos mais íntimos e dores mais profundas já traz um grande impacto no alívio das tensões e preocupações”, explica a psicóloga Camila Camaratta. 

Ademais, ela pontua que uma escuta qualificada pode ajudar a compreender a realidade que o paciente está inserido, bem como aprofundar o entendimento em seus desejos, bloqueios e questões que geram sofrimento. 

Prejuízos de uma seleção equivocada

Do mesmo modo que a boa escolha de um profissional de psicologia promove benefícios, uma seleção equivocada também pode acarretar consequências. A psicóloga Fabiana Cassar, pós-graduada em terapia familiar sistêmica, cita algumas: 

  • Frustração;
  • Descrença no processo terapêutico;
  • Perda de dinheiro e tempo;
  • Insegurança;
  • Falta de confiança no profissional.

Todavia, as consequências de uma escolha equivocada não devem ser confundidas com os desafios inerentes ao início do processo terapêutico. “No começo, é natural o paciente sentir uma certa resistência em ir às sessões e um pouco de desconforto em se abrir. O terapeuta experiente sabe disso e trabalha essas questões na terapia para ajudar o paciente a ir superando esses desafios à medida que vão construindo confiança”, enfatiza a psicóloga Juliana Carneiro, especialista em psicoterapia positiva e análise junguiana.

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